sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um Registro de Registro

Continuo escrevendo o livro sobre a história de Registro desde o século XIX. Se alguém tiver algum dado, foto, documento, informação entre em contato comigo e faça parte dessa história. Todos os documentos serão escaneados, tratados e devolvidos. O nome de todos os colaboradores constará no livro. Participe e ajude a contar a nossa história.

domingo, 16 de dezembro de 2012

TPM - Tempo Para Mulher no KKKK.

Foto Silvio Morenno

Foto Silvio Morenno

Foto Silvio Morenno
Foto Silvio Morenno

Ontem participei do lançamento do livro TPM - Tempo para Mulher e do espetáculo homônimo as 20:30 no auditório do KKKK.
O tema (TPM) foi pesquisado por quase dois anos para virar esse roteiro hilariante que demonstra de forma divertida 0 desentendimento hormonal, conscientiza o papel do homem, espelha exageradamente as atitudes críticas da mulher.
Os atores Mari Cardoso e João Marinho que são casados na vida real, entram em cena com essa peça há sete anos e já foram vistos por mais de 360 mil pessoas em cidades de todo o Brasil.
No palco, um músico que depois de 15 anos quer voltar a tocar nas noites começa o ensaio, ao mesmo tempo começa a mudança de humor de sua esposa dona de casa, ela não sossega (e como fala).
Segundo os atores, com o conhecimento do problema, já minimizaram muito os resultados da síndrome de Tensão Pré-Menstrual dentro da própria casa. No sorriso de Marinho, enquanto encena e atura o estresse da esposa, ele mostra que basta compreender para levar tudo um pouco mais na brincadeira.


Hoje é a última apresentação e vale a pena conferir, só não levem crianças pois a linguagem é bem adulta.
Recomendadíssimo!!

Silvio Morenno

domingo, 9 de dezembro de 2012

Packaw ao vivo - Um banquinho e um violão.

Foto Silvio Morenno
Ontem tive a possibilidade de assistir a apresentação do meu amigo Sérgio Packaw na Praça Jóia. Com um repertório que vai da MPB ao Rock, Packaw ainda divulga e vende seu cd "Ilha do Cardoso" que é quase todo autoral e conta com várias participações. A apresentação na Praça Jóia tem a colaboração dos comerciantes locais e acontece todos os sábados até dia 22 de dezembro a partir das 15h. Detalhe: sempre rola uma canja de algum músico ou cantor conhecido de Registro. Vale a pena conferir "Um banquinho e um violão" com o grande e corajoso Packaw. Eu recomendo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Despertar da Primavera valeu a pena!

Semana passada tive o imenso prazer de assistir ao espetáculo musical “O Despertar da Primavera” do dramaturgo alemão Frank Wedeking, que virou musical da Broadway em 2006 e que foi adaptada para o Brasil em 2009. Não tenho como não elogiar o trabalho dos “Irmãos Caixa Preta”, Fernando Barbosa e Fabiano Muniz pela impecável produção, e por que não dizer do atrevimento de encenar tal espetáculo. Atrevimento porque para quem não sabe, todos os atores em cenas saíram de uma oficina de teatro realizada pelo Grupo Caixa Preta de Teatro, naquele palco não havia nenhum ator, dançarino ou cantor profissional, mas se eu não soubesse de onde vieram eu diria totalmente o contrário. Vi naquele palco o melhor espetáculo musical já encenado em todo o Vale do Ribeira, abordando um tema de poesia e liberdade, de descobertas da juventude, de conflitos e de temas muito mais sérios e profundos como a opressão e descoberta da sexualidade, abuso sexual, religião, suicídio, incesto, violência doméstica, homossexualismo, drogas, prostituição, gravidez na adolescência e aborto. Com 14 atores e 7 músicos executando a trilha sonora ao vivo, vi aquele pequeno palco se transformar em um grande palco de qualquer grande teatro que se possa imaginar, não vi atores de oficina de teatro e sim assisti a um espetáculo com grandes atores, ótimos intérpretes e maravilhosos dançarinos que sem dúvida nenhuma fizeram de todas as noites uma estreia, tamanha foi a presença marcante de todos os atores que na segunda semana de espetáculo (quando fui assistir) não demostravam qualquer cansaço ou displicência, lembrando que o espetáculo tem quase 3 horas de duração dividido em 2 atos. Fiquei impressionado com a qualidade dos músicos, um contrabaixo, uma guitarra, uma bateria, um teclado, um violino, uma viola clássica e um cello, propositalmente localizados no centro do cenário e que não ofuscaram a nenhuma cena, mas que fizeram a diferença, uma inovação primordial no espetáculo. Não posso esquecer-me da iluminação, desde o início do espetáculo usando lanternas como mini canhões iluminação, passando por jogos de cores e finalizando mais uma com as lanternas na maviosa cena do cemitério, sensacional. Pessoalmente achei bárbara a montagem, pois o Caixa Preta soube dar ao texto a sua cara sem fugir do padrão Broadway, dando a todos nós o deleite desta peça forte e emocionante. Figurinos, iluminação, sonografia e cenografia de altíssima qualidade, sabendo dar o tom que cada cena demandava. Mas ao que devo realmente me render, repito sem me cansar, é ao talento de cada um dos componentes do elenco, que são divinos, parece que nasceram preparados para esses personagens a vida toda. Não sou crítico teatral, nem tão pouco preciso “puxar a sardinha” de ninguém, mas tenho de fazer a aqui minha análise sobre este espetáculo: lindo, maravilhoso e muito atrevido. Falar de temas tão pesados e reais que infelizmente ainda são realidades nas mentes e nos corações de inúmeros jovens de forma sutil e lírica é o que faz de “O Despertar da Primavera” uma verdadeira obra de arte. Foi um tapa na cara da hipocrisia e uma alegria para os corações aflitos. Destaque para os musicais “Mamãe me ensina!”, “Nessa merda de vida!” e “Canção de um verão!”. Para que falou mal, meus sentimentos por não ter compreensão suficiente para entender a mensagem que foi passada, aos que não assistiram, não percam a próxima temporada, ao Grupo Caixa Preta de Teatro, meus sinceros parabéns, pela qualidade, pelo empenho, pela capacidade e principalmente pela ousadia. Silvio Morenno

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A moqueca que Cabral, se não comeu, perdeu


Entre as primeiras chuvas da primavera e o final do verão, grandes cardumes de manjuba - pequeno peixe da família Engraulidae, a mesma da acciuga ou alice dos italianos - sobem o Rio Ribeira de Iguape, no litoral sul de São Paulo, em busca de lugares para desovar. Exceto de 26 de dezembro a 25 de janeiro, quando vigora o período anual de defeso (interdição oficial), os pescadores estão liberados para capturar milhares desses peixinhos e vendê-los aos moradores da região, o Vale do Ribeira. Entre outras preparações, as manjubas são temperadas, passadas na farinha de trigo e fritas em óleo muito quente; ou transformadas em casadinho, ou seja, cortadas em filé, temperadas, recheadas com ovas, envolvidas na farinha e igualmente fritas.
Pó-kêca. Nome indígena do prato veio de peixe embrulhado e assado - Revelando São Paulo/divulgação
Revelando São Paulo/divulgação
Pó-kêca. Nome indígena do prato veio de peixe embrulhado e assado

As duas receitas pertencem ao acervo da culinária caiçara, uma das mais tradicionais do Brasil, com raízes anteriores à colonização portuguesa. A culinária caiçara difunde-se na faixa que percorre as costas do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Seu nome é quinhentista. Os índios da família linguística tupi-guarani denominavam caiçara os troncos e galhos de espinhos de árvores fincados no chão para proteger suas tabas. Com o tempo, os mamelucos (mestiços de brancos e índios) também receberam a denominação e hoje ela se aplica aos habitantes do município de Cananeia, no litoral sul de São Paulo, e aos pescadores da região.

Mas, pelos significados que carrega, o prato de manjuba mais precioso da cozinha caiçara é uma moqueca feita na folha de bananeira. Já esteve ameaçado de extinção, pois seu preparo era doméstico e nunca interessou aos restaurantes. Agora, recupera o prestígio graças aos esforços de cozinheiros amadores como os artistas plásticos Remilton Rosa de Souza e Marcos Schmidt, ambos de Registro, igualmente no Vale do Ribeira. Eles o tem apresentado em eventos culturais do Estado difundindo uma receita autêntica (há variações importantes).

Na moqueca caiçara, filés de manjubas são temperados com limão, sal, salsinha e ervas (às vezes alfavaca, cebolinha, assa-peixe e coentro espinhoso), além de pimenta-de-cheiro e vermelha. Recebem tomates em pedaços e cebola picada. Ligados por farinha de mandioca e empacotados em folha da bananeira, cozinham na grelha. Antigamente, a preparação ia para o moquém (daí o nome do prato), a grelha de varas dos índios, usada para assar ou secar peixe e carne no borralho, ou melhor, em brasas cobertas de cinzas e sem labareda. Hoje existe uma variação heterodoxa, que a faz aberta para colocá-la no forno em travessa refratária. Nesse caso, dispensa a folha de bananeira.

A verdadeira moqueca de manjuba (há uma com ostra em Cananeia e outra com marisco, em Iguape, sempre no Vale do Ribeira) hasteia na mesa a bandeira nacional. E isso não só pelo verde da folha que a empacota e o amarelo do laço para amarrá-la. Nenhuma outra é tão brasileira. Luís da Câmara Cascudo, no capítulo Preceitos da Alimentação Brasiliense, de História da Alimentação no Brasil (Global Editora, São Paulo, 2004), sustenta que moqueca é prato indígena. Afirma que o nome deriva de pó-kêca, que significa "feito embrulho, embrulhado". "Partiu dos peixes enrolados em folhas e assados no calor do borralho", diz.

Joaquim da Costa Pinto Netto, no Caderno de Comidas Baianas (Tempo Brasileiro, Salvador, 1986), completa a explicação: "A moqueca de folha (...) era o peixe pequeno com muita pimenta, enrolado em folha de bananeira e depois moqueado". Só mais tarde, por influência portuguesa, o prato virou o atual ensopado de peixe dos baianos e capixabas. Segundo Guilherme Radel, no livro A Cozinha Africana no Brasil (Press Color, Salvador, 2006), o óleo de dendê presente na moqueca soteropolitana foi incorporado no século 18 e o leite de coco ingressou mais recentemente, por iniciativa do Boteco do Tião, imitada pelos restaurantes locais Bargaço, Yemanjá e Agdá. Original e puritana, a moqueca caiçara de manjuba aceita no máximo um fio de óleo de oliva.

Marcelo Mendes dos Santos: carreira meteórica

Resolvi postar essa matéria para mostrar como os filhos de Registro fazem sucesso fora daqui.


Data e local de nascimento: 24/01/1984, em São Paulo

O que faz: Gerente do Sheridan’s Irish Pub e do Bar Curityba, é também o diretor artístico das duas casas. Já trabalhou com o pai numa oficina mecânica e foi atendente de lanchonete antes de vir para Curitiba, há seis anos. Desde então, foi atendente, subgerente e gerente de uma loja Subway até entrar no Sheridan’s, onde foi auxiliar de garçom, garçom, caixa, recepcionista, barman, ajudou na cozinha, até começar a colaborar na programação musical (também é músico) e se tornar gerente

Hobby: “Curtir a minha família. Mas também tenho um violão em casa e gosto de baixar e editar músicas”

Ídolo: “Gosto do Jô Soares, acho ele muito inteligente, e me identifico com o Lars Ulrich [baterista do Metallica]”

Balada favorita: “Empório São Francisco”

O que falta na noite curitibana: “Um pub inglês, bem britânico, com elementos da cultura inglesa”

Música que mudou a sua vida: “’Sweet Child O’ Mine’, do Guns N’ Roses, e ‘Pais e Filhos’, da Legião Urbana”

Filme: “O Plano Perfeito, com Denzel Washington e Clive Owen”

Livro: “Anjos e Demônios, do Dan Brown”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Viola e reisado



Para lembrar o dia dos Santos Reis, o Viola traz um reisado do interior paulista. Também as duplas Yassir e Rodrigo Sater e Muniz Teixeira e Joãozinho
O Viola, minha viola reafirma a promessa de trazer a cultura caipira com a chegada do Ano Novo ao divulgar uma das principais festas do homem do campo: a folia de reis. É a celebração do encontro dos três reis magos com o menino Jesus. O programa contará com um dos melhores grupos de reisado: a Folia de Reis Pedro Barros, de Miracatu (SP). Inezita Barroso também recebe a dupla Yassir e Rodrigo Sater, além de Muniz Teixeira e Joãozinho.
A dupla Rodrigo Sater e Yassir Chediak nasceu como Tiago e Juvenal, os violeiros-atores da novela Paraíso, da TV Globo. Mas a história de ambos com a música é muito mais antiga e profunda. Yassir é sobrinho do produtor musical Almir Chediak e adotou a viola como seu instrumento preferido. Rodrigo é parceiro e arranjador do irmão Almir Sater. A união dos dois resulta em um som novo para o repertório clássico da música raiz. Neste programa, apresentam composições de seu novo disco.
Muniz Teixeira e Joãozinho são de uma família de tradicionais violeiros e cantadores. Seu pai José Batista Filho era embaixador de folia de reis na região de Poços de Caldas (MG). Seus tios também eram violeiros e cantadores. A dupla nasceu há 10 anos, quando Joãozinho já era líder do regional do programa Viola, minha viola. Os dois lançam no programa o segundo disco da carreira.
A Folia de Reis Pedro Barros, de Miracatu (SP), apresenta uma formação singular. Além dos violeiros e cantadores, os foliões também se apresentam com reis magos. A apresentação obedece aos ritos tradicionais ao saudar o presépio, o Menino Jesus e os donos da casa. Após receber as ofertas, os foliões se despedem desejando um próspero ano a todos.

domingo, 1 de janeiro de 2012